Será que conseguimos ser perfeitos em tudo? Será que o nosso melhor é mesmo o melhor? A prática da educação é um constante questionamento sobre nossa capacidade como professores.
Em cada ato realizado, com meus alunos, eu me questiono se consegui dar o meu melhor. Se aquela atividade proposta era mesmo adequada a idade e ao momento? Se meu planejamento é completo? Se o modo como falei com as crianças era correto?
Tentamos fazer o melhor, mas trabalhar com outras vidas exige, por vezes, demais de nós. São no mínimo 200 dias letivos envoltos por várias crianças com suas personalidades, necessidades e níveis de energias distintas. São mais de 200 dias envolto de som de vozes altas, de travessuras, de conquistas, de risos, de sucessos e também de frustrações. Educar é um processo complexo, não é?
O melhor de cada um é o melhor de todos!
Todo o professor tem seu melhor em algum aspecto da educação. Há aqueles que são perfeitos em conseguirem disciplina, aqueles que fazem atividades maravilhosas com sucata, aqueles que contam histórias de modo extraordinário, aqueles que envolvem as crianças em atividades motoras interessantes, os que cantam e dança, os que alfabetizam com delicadeza… Mas é muito difícil querer ser um professor perfeito em todos os aspectos!
Por isso é essencial que cada um faça um reflexão sincera consigo mesmo e descubra onde estão os seus pontos fortes e onde estão seus pontos fracos no seu fazer pedagógico. Use seus pontos fortes para aprimorar cada vez mais suas aulas e fique atento aos pontos fracos para preenche-los com a ajuda dos colegas.
A educação não deveria ser uma competição entre professores e sim um trabalho em conjunto. Os professores não deveriam ter vergonha de fazerem parcerias com seus colegas. As coordenações pedagógicas deviam estar atentas nos aspectos em que seus professores se destacam ou não. Não com o objetivo de apontar defeitos, e sim para somar qualidade a educação. Ver o que cada professor tem de melhor para oferecer, possibilita fazer uma escola integrada que visa o desenvolvimento do aluno.
Por que obrigar os professores a serem melhores em tudo? Por que não juntar todas as qualidades e criar uma equipe melhor? Por que não criar aulas conjuntas em que cada professor exerça o seu melhor? Ou, quem sabe, eté trocas de professores em momentos específicos? Assim aquele professor que é ótimo contador de história, pode contar histórias para várias turmas; enquanto outro que é ótimo com práticas matemática, pode fazer um jogo matemático com outra turma. E assim todas as crianças teriam o melhor de cada um dos professores, e ao final o melhor de todos.
É apenas uma reflexão, mas eu ainda sonho com a possibilidade de nossas escolas serem integralistas. Sonho que os professores realmente sejam parceiros uns dos outros, e não apenas fechados em caixinhas cheias de carteiras e crianças, nas quais um professor é cobrado a ser o melhor sozinho.
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Abraços, Shana Conzatti